O relógio marca a hora, tudo que eu tenho para fazer, deixo para depois. Todo mundo corre para frente da TV, pode ser aquela mesmo, aquela pequenina com imagens sombreadas e escuras. Pois isso não importa, o que importa é ver o que vai acontecer.
As ruas se esvaziam, pessoas se reúnem e passo a passo acompanhamos o que nesse momento nos une, a expectativa de ver a camisa amarela jogar e ver a bola rolar. A pipoca está na mão, o coração pulsa mais rápido, o grito de gol está guardado esperando sua vez de ecoar no ar.
E estamos lá, fazendo torcida aqui. E então, entra em campo as camisas amarelas, eita camisa sonhada, por muitos, eita camisa amada por tantos e tantos outros. E porque não também, camisa falada... fala-se dela na escalação, fala-se dela na concentração, fala-se dela ao formar o ataque contra o adversário.
Bola daqui, bola dalí, um xingo, um tropeço, ela pára, ela rola. E de uma arrancada lá do meio do campo, resulta num belo e lindo fruto, daqueles para gritar até que lá nos confins da terra se ouça.
E se vai um, dois, três, e assim, vários dias como esse, várias emoções... até que uma hora uma taça é levantada, uma torcida é aclamada, lágrimas são derramadas e lá vai mais uma comemoração a essa celebração.
Mas uma página se vira, a orgulhosa bandeira que nos coloriu durante esse tempo é dobrada, e fica para todas as outras a espera de quatro anos, na expectativa de rever todas essas emoções e de poder sonhar mais uma vez com uma nova estrela que ficará para sempre naquela camisa, aquela que é tão falada.
A mim, é voltar a fazer o que deixei para depois, a nós, é seguir a vida e continuar, pensar que daqui a pouco começa tudo de novo, aflorando em um coração patriota a tentativa de conseguir mais uma estrela para ser a alegria de uma nação inteira.
sexta-feira, 11 de junho de 2010
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