sábado, 10 de julho de 2010

O Caçador de Pipas

Recentemente, terminei de ler o livro “O caçador de pipas”, uma super história, cheia dos sobes e desces da vida. Catalogado como romance, porém, eu o classificaria como drama, pois ainda que exista laços de amor implícitas na narrativa, eu vejo as histórias amarradas como um grande drama e acredito que seja um título mais apropriado para essa instigante leitura.

Geralmente, não costumo ler livros de ficção, mas sinceramente esse abriu meus olhos, e quem sabe, logo me aventuro em outra história fictícia como essa, que nos levam em pensamentos muito além da realidade. Como esse livro me fez. Você entra na história e viaja junto com os personagens. Muito bom.

Há um bom tempo, tive o prazer de ver o filme que leva o mesmo título - O caçador de pipas, dirigido por Marc Forster. Um filme lindo, muito bem feito, mas triste. Quando acabou fiquei pensando naquela história por uns dois dias. E me perguntava se tudo aquilo que vi na tela era uma história inventada, ou se havia acontecido mesmo. Foi então, que fiquei sabendo que havia um livro com o mesmo nome e que o filme era uma adaptação desse “romance”.

Muitos disseram que o livro era melhor e isso me despertou a curiosidade, pois o filme já tinha sido ótimo. Por qual razão diziam isso?

Então, para entender, comprei o livro e comecei a ler. Em dois dias já tinha lido cerca de 100 páginas, das 365, e quanto mais eu lia mais queria saber. Foi igual capítulo de novela em reta final, ficava no ar sempre: “o que será que vai acontecer agora?”

Conforme fui lendo, comecei a pensar no conceito que diziam, sobre o livro ser melhor. Agora com um pouco mais de propriedade, não digo que é melhor, digo que é mais cheio de detalhes, situações e fatos que não couberam no filme (eu creio). Falar que o livro é melhor, tira todo o belo trabalho feito no filme, o que não é legal.

O livro conta a história de três décadas, e o filme foi muito fiel aos escritos. Porém, três décadas muito bem estruturadas, não caberiam em 2 horas e 8 minutos de película (128 minutos), e torná-lo maior, levanta uma série de outras questões, uma delas, é que talvez o filme não ficaria tão fascinante e sim maçante.

Para mim, ambos são maravilhosos, mas aconselho a verem o filme primeiro, ajudará a fixar os personagens e o que o livro trouxer a mais servirá para enriquecer toda essa história. Sendo assim, recomendo aproveitar os dois. Valerá muito a pena.

Esse livro foi escrito por Khaled Hosseini e lançado em 2007. Ao autor, fica os meus parabéns, por fazer uma história tão longa, tão cheia de detalhes e cheia de amarrações que prende a atenção de quem lê.

Como já comentei, após ver o filme, fiquei me perguntando se esse enredo era uma história verídica? De quais experiências o autor tirou essas histórias, esses personagens?

Então, concluí que, talvez, não da forma que está representada, da forma que é narrado ou com esses personagens e suas ligações, mas com certeza seja lá em Cabul, Jalalabad ou em São Francisco, há muitos Amins, Hassans, Babás, Alís, Sohrabs. Cujas vidas estão contidas nesse exemplar, em uma história que deixou um gostinho de quero mais.





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